sexta-feira, 24 de agosto de 2012

GOSTAR DO QUE NINGUÉM GOSTA

CHUPA ESSA SOCIEDADE!

       Assunto difícil, né? Afinal, sempre existe o caso de gostarmos de alguma coisa que temos vergonha de confessar que adoramos aquilo ou então, temos vergonha de dizer que não gostamos quando todo mundo gosta. Quem nunca fez isso? Até eu já fiz isso!




       Não, eu não gosto de Restart. Se eu gostasse de Restart eu teria vergonha de dizer, é sério. Sendo assim, você nunca vai saber se eu gosto ou não hahaha (agora é sério: Não gostem de Restart. Ninguém com mais que 13 anos pode gostar disso...se você gosta, na boa, guarde isso pra você, não deixe nem sua mãe saber disso porque um dia ela pode se vingar de você. Sério!)




       Lembro que quando era criança uma das grandes manias era jogar tazo. Lembra do tazo? Ah, eu comprava aquele biscoito fedido só pra pegar os tazos e jogar na hora do recreio. Colecionei e joguei muito, mas a pergunta principal é: Eu gostava daquilo? Nãããããoooooooo! Eu odiava! Ficava logo cansada, mas como todo mundo jogava eu tinha que achar legal, não é verdade?! Não? Pois é, só descobri que 'não' anos depois quando já estava de saco cheio e com problemas de olfato e paladar (Ô biscoito fedido e salgado!).






E a TV CRUJ, desenhos animados, chiquititas, Sandy & Junior? Eu amava!!! Mas meus colegas e eu já éramos grandes e quem admitisse que gostava dessas coisas era o mesmo que dar um tiro no próprio pé. LOOOSER!

       A verdade é que fazemos isso seja quando crianças, quando adolescentes, quando adultos, idosos etc. Somos rotulados ou nos deixamos rotular não pelo nosso caráter ou a construção da nossa identidade e sim por nossas preferências. Que louco, não? Quer dizer, o preconceito já é inerente ao ser humano. Quem falar que não tem preconceito é mentiroso. Não considero preconceito somente os que causam polêmica (homofobia, racismo, xenofobia...). Falo de preconceito como TUDO o que não me permite conhecer o outro sem um pré-julgamento. Esses dias, li em um site famoso pelo seu entretenimento a resposta que o dono concedeu a um de seus leitores, devido uma matéria sobre Michel Teló: "Não consigo sequer conversar ou levar a sério alguém que goste de Michel Teló". Obviamente, entendi o que ele quis dizer com essa afirmação, mas não deixa de soar preconceituoso.

       Acima, fiz uma brincadeira envolvendo a banda Restart, mas isso não significa nada. Cada um tem seu gosto, cada um gosta do que lhe faz rir, se emocionar, se identificar, enfim...O legal da vida é passarmos por ela com mais leveza, sem tanto medo, sem vergonha de mostrarmos nossa cara.  E quer saber mais? Vou relembrar o "Mexe, mexe, mexe com as mãos, pequeninas! Mexe, mexe, mexe com os pés..." CRUJ, CRUJ, CRUJ, TCHAU!