quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
domingo, 30 de novembro de 2014
terça-feira, 9 de julho de 2013
Divergente
Para quem nunca ouviu falar, Divergente é uma trilogia juvenil escrita pela Veronica Roth. Ela é uma autora americana, nascida em Chicago em 19 de agosto de 1988. Essas obras são as pioneiras dessa escritora que já demonstra um grandioso talento.
O primeiro livro da saga foi lançado nos Estados Unidos em 2011 com o título Divergent. No início de 2012, a Editora Rocco lançou a tradução em português aqui no Brasil. No ano seguinte, Insurgent, o segundo exemplar, teve sua estreia nos Estados Unidos, chegando ao Brasil pouco tempo depois, mas só em maio de 2013 foi divulgado em português. O terceiro e último volume, Allegiant, só chegará às livrarias americanas em outubro de 2013 e ainda não tem previsão de vinda para o Brasil.
• Sinopse:
Em uma Chicago futurista, depois de guerras em prol da dominação, ambição sem limites e poder a qualquer custo, há um caos instaurado. Para evitar que toda a população sucumbisse, a sociedade foi organizada para assegurar a ordem e suprimento das necessidades básicas de todos. Para tanto, as pessoas foram separadas em facções. Cada facção é responsável por um setor de acordo com suas habilidades e crenças pessoais. As divisões são denominadas: Abnegação, Audácia, Amizade, Erudição e Franqueza.
Beatrice Prior nasceu e foi criada na Abnegação, onde a principal característica e prioridade é o altruísmo. Os membros desta facção são contidos, tolerantes e pacíficos ao extremo. Beatrice sente-se um peixe fora d’agua na maior parte do tempo. Ela não tem a mínima habilidade de baixar a cabeça para os outros. Ao contrário, prefere desafiar. Entretanto, sabe que precisa se conter para não ser chamada à atenção, principalmente pelo irmão mais velho, Caleb.
Ao completar 16 anos, os jovens são submetidos ao teste de aptidão. Nesse teste, descobrem a qual organização se enquadram melhor e então, no dia seguinte, em uma cerimônia de inicialização, são obrigados a escolher uma delas. Porém, nada é fácil. Se escolherem uma facção que difere daquela a qual nasceu, precisarão deixar sua família para trás; a nova facção torna-se a partir daquele momento suas novas casa e família.
Há um conflito interno em Beatrice. Ela ama sua família,
mas sabe que permanecer na Abnegação irá sufocá-la. No entanto, assim como a maioria, é aterrorizada pela possibilidade de viver “sem- facção” (todos os que são expulsos ou que não conseguem completar a fase de inicialização).
No entanto, esses medos tornam-se menos palpáveis depois que as coisas começam a desandar de uma forma totalmente inusitada. Ela descobre que há muitos segredos que não podem ser revelados. O teste de aptidão não sai como o esperado, alguma coisa deu terrivelmente errado, mas ainda assim, é obrigada a escolher. E essa escolha vai mudar totalmente o rumo de sua vida.
Cinema:
Veronica Roth vendeu os direitos para filmagem do longa- metragem em abril de 2012. As gravações já iniciaram e o filme tem previsão de lançamento para março de 2014 nos Estados Unidos, ainda não sabemos quando acontecerá no Brasil. A atriz Shailene Woodley interpretará a personagem principal, todavia o elenco também conta com Theo James como o “Quatro”e Kate Winslet como “Jeanine Mathews”. A direção é do cineasta americano Neil Burger, famoso por dirigir e roteirizar “O Ilusionista” em 2006. O roteiro é do Evan Daugherty e a produção da Summit Entertainment.
Enquanto não temos o trailer do filme, segue abaixo o Book Trailer (feito por fãs):
Qual a sua facção?
Nas minhas buscas pela internet, acabei encontrando esse teste rápido e fácil de aptidão. Ele é divertido e te
designa para uma das facções de acordo com suas respostas.
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segunda-feira, 8 de julho de 2013
Convivência inevitável
Eles suportavam-se mutuamente desde...desde...Sempre! Exatamente isso. Sempre fora assim. Precisavam conviver e como para tudo nessa vida, haviam os pontos bons e muitos lados ruins, normal. Ela sempre queria colocar um pouco de juízo naquele cabeça dura, mas era uma missão extremamente exaustiva. Mesmo que implorasse para ser ouvida e atendida, ele sempre a desafiava. Vitor tinha essa mania de gostar do mais difícil, de coisas que deixavam-na a ponto de arrancar o cabelo, fio por fio. Em sua teoria, ele fazia de propósito, só pra irritá-la. No entanto, uma coisa era certa: não conseguiam viver separados; e não foi por falta de tentativas, diga-se de passagem.
Entretanto, verdade seja dita, ele não era rebelde o tempo todo. Vez ou outra seguia os conselhos dela. Formou-se cedo na faculdade, arranjou um bom emprego, evitava confusões e brigas desnecessárias e cuidava bem de sua própria saúde; não era dado a vícios. Pelo menos, tinha um bom senso de autopreservação. "Graças a Deus!"
Às vezes, ela poderia até dizer que se sentia orgulhosa, mas logo em seguida, Vítor fazia alguma coisa bem idiota para desestimulá-la.
Dessa última vez, foi a um bar comemorar o aniversário de um de seus amigos e bebeu como se o mundo fosse acabar dali a algumas horas. Ela o acompanhou como sempre fazia e pediu encarecidamente para que parasse de beber. Mas ele, por sua vez, apenas mostrou uma carranca, franziu a testa como se a repreendesse e mandou mais uma dose de tequila pra dentro.
Ela acordou cedo na manhã seguinte. O relógio nem havia despertado, mas a noite foi conturbada. Aliás, muito mal conseguiu relaxar. Divagou por lugares horríveis, pesadelos que a faziam arrepiar-se ao lembrar. Tudo isso por causa da imprudência de seu companheiro. A culpa de uma noite mal dormida, como sempre, era dele. Movimentou-se e agitou-se desconfortavelmente de propósito até senti-lo acordar. Vitor a tirava do sério, vinte e sete anos e ainda se comportava como uma criança. Bufou e cruzou os braços esperando-o abrir os olhos. Se ele podia ser birrento, ela também seria.
Vitor elevou a cabeça do travesseiro momentaneamente, mas voltou a deitar-se, deixando um gemido de dor.
- Bem feito! Quem mandou se embriagar? Eu bem que te avisei!
- Cale-se! - murmurou enraivecido.
- Você é um idiota. Não adianta ficar nervosinho comigo. Não tenho culpa dessas burradas que você comete. Anda, levante-se! Você tem que trabalhar.
- Já disse pra se calar! - espremeu o travesseiro contra o rosto tentando se acalmar e ao mesmo tempo, diminuir aquela cefaléia horrível.
Ela cruzou os braços novamente e resmungou baixinho. Odiava quando era chamada a atenção. Ela era a parte sensata daquilo ali. "Quem ele pensa que é? Queria vê-lo sobreviver sem mim."
Vitor se arrastou para fora da cama e caminhou até ao banheiro. Encarou-se no espelho por um momento. Seus olhos arregalaram-se com o que viu, sua aparência estava deplorável. Ela queria sentir-se bem e vingada com a reação dele, mas tudo o que ele fazia tinha efeito sobre ela. O máximo que poderia sentir seria raiva e isso já transbordava por todos os lados de seu ser. Mirou-se no espelho e também não gostou de sua imagem.
Olhou-se mais uma vez. Retorceu o canto direito da boca, não sentia-se bem consigo mesma. Não mesmo! Mas não teria tempo de consertar a situação.
O dia estava gélido. O vento açoitou a janela do quarto provocando um estrondo contra o vidro. O barulho os sobressaltaram. Péssimo dia para sair.
- Merda de segunda-feira. - Vitor cochichou, ranzinza.
- Seria menos pior se não estivesse com ressaca. - ela comentou acidamente sabendo que iria irritá-lo.
Vitor não respondeu, apenas despiu-se e entrou no box. Talvez a água quente revigorasse suas forças e melhorasse seu humor.
Pouco depois das oito, chegou à sua sala no escritório de advocacia. Cumprimentou a recepcionista que caminhava em sua direção, cruzando com o caminho dele. "Que gostosa!" - pensou e abriu a porta. Havia um bilhete em cima da mesa. Leu-o rapidamente. "Reunião logo agora? Que merda de dia!"
Encaminhou-se para a sala onde quase todos os advogados já estavam reunidos.
- Bom dia, parceiro. - André cumprimentou-o, muito bem humorado. Bem até demais para uma segunda-feira tempestuosa. - Que cara de ressaca é essa? - zombou.
- Não torra minha paciência, por favor. Minha cabeça está quase estourando. - É, a água quente não serviu de nada para melhorar seu humor.
- Se você tivesse me ouvido... - provocou mais uma vez.
- Chata. Filha da puta chata! - rosnou.
- Ei, cara, eu só estava brincando. - André defendeu-se. Seu olhar transbordava ressentimento.
Vitor sentiu-se mal pelo colega de trabalho.
- Não, me desculpe. - seu tom abrandou. - Não estava xingando você.
O amigo olhou à volta da sala por um momento, mas ninguém parecia estar ciente da conversa dos dois.
- Então, estava falando com quem? - ergueu uma das sobrancelhas, desconfiado.
- Já ouviu falar em dor na consciência? No meu caso, a dor que ela me provoca é pior do que ressaca. Ela é a mais chata que existe.
André olhou-o atordoado, tentando compreendê-lo e ao mesmo tempo, avaliando sua sanidade. A Consciência sorriu satisfeita. Pelo menos, da próxima vez, Vitor seria mais sensato.
Monstros
O pai estava preocupado com o silêncio de Alice. Pela enésima vez naquele dia, entreabriu a porta do quarto e a encontrou na mesma posição das vezes anteriores; sentada em perna de chinês em cima dos lençóis da pequena cama e com um livro sobre o colo. A testa da menina estava franzida, parecia deleitar-se com a leitura. Entretanto, a preocupação dele não era infundada. A filha nunca fora dada à leituras; Alice, assim como ele, eram o oposto de Marcela, sua esposa. Ambos, pai e filha, não gostavam de perder tempo dentro de casa enquanto um glorioso dia de sol os convidavam para um belo passeio ou brincadeiras ao ar livre. E sendo bem sincero, eles só tinham uma biblioteca bem equipada no escritório da casa por causa de Marcela que lecionava literatura em uma universidade local. Ele sempre passava muito mais tempo com a filha, pois chegava mais cedo do trabalho. E naquele dia, assim como nos anteriores, Alice parecia absorta em seu próprio mundo; calada, introvertida e aparentemente apreensiva.
- Minha filha, você está sentindo-se bem? - adentrou o quarto, não aguentando mais aquele suspense.
- C-claro, papai. - ela gaguejou e tentou se recompor, mas o sorriso amarelo não convenceria assim tão fácil seu velho pai.
- Hum, sei. - ele aproximou-se rapidamente da cama e sentou-se na beirada. - Por favor, Alice, diga-me. O que está errado?
A menina suspirou e olhou-o resoluta; optou por confiar no pai e contar-lhe a verdade - ainda que parecesse um tanto...ridículo de sua parte.
- Promete que não vai rir? - ela pediu.
- Claro, prometo. - respondeu rapidamente, tentando conter a ansiedade.
- Bom, eu sei que não sou mais tão pequena e nem deveria me sentir assim, mas... sinto medo do bicho-papão. - falou depressa antes que perdesse totalmente a coragem.
Ele fitou-a, incrédulo. Alice já contava de nove anos de idade e nunca demonstrou nenhum medo desse tipo. Ela era tão esperta que desde os cinco anos, sabia que o Coelhinho da Páscoa e o Papai Noel eram personagens fictícios porque achava ilógico que eles pudessem atender à todas as crianças do mundo em um único dia. Sim, ela sempre foi muito racional, muito inteligente, ninguém conseguia ludibriá-la. Exatamente por conta disso, ele ficou tão chocado com a declaração da filha que não pôde conter uma gargalhada. Alice se zangou.
- Você prometeu não rir. - fez beicinho e cruzou os braços.
- Desculpe filha. - ele se recompôs, contorcendo os cantos dos lábios para segurar o riso. - Mas por que está com tanto medo? Você nunca se amedrontou com essas bobagens.
- Porque agora eu sei que eles existem. - ela fez um muxoxo, ainda zangada. -E isso me deixa em pânico. Ainda mais porque não podemos nos livrar deles. Pelo menos, não permanentemente. - deu de ombros e suspirou.
Achou aquilo curioso. Ele não tinha ideia ao que a filha se referia.
- Explique, por favor. - pediu.
- É simples. Preste atenção. - ela sempre usava esse jeito "adultificado" quando precisava ser compreendida. Provavelmente espelhava os modos enfáticos de Marcela. - Minha professora disse que o maior monstro vive dentro de nós. - continuou - Ele se regozija com nossa ignorância e, com isso, nos torna preconceituosos, arrogantes e burros. Esse monstro incita o ódio contra nossos semelhantes, faz com que não respeitemos uns aos outros, e nos faz achar que somos melhores do que outro ser humano. É o mais perigoso dentre todos os monstros porque ele é assintomático e cresce lentamente até que chega o ponto em que nos destrói. O pior é que segundo minha professora, o único meio de destruirmos esse mal é com conhecimento porque é o conhecimento que nos ajuda a ampliar horizontes, ver e respeitar a história e o espaço de cada pessoa segundo a sua própria ótica. Não sei muito bem o que significa "ampliar horizontes" nem "ótica de cada um", mas acho que ela está certa. O meu monstro eu chamo de bicho-papão por enquanto e espero que ele permaneça adormecido. - respirou fundo quando terminou suas conclusões.
O pobre homem acenou, complacente. Achou um absurdo a professora ter colocado tantas caraminholas na cabeça daquelas criaturinhas tão novas, mas de certa forma... Sacudiu a cabeça para dispersar o devaneio. Levantou-se lentamente, beijou a testa da filha, incentivou-a a continuar em sua leitura e retirou-se do cômodo.
Durante todo o jantar permaneceu em silêncio tentando digerir todas aquelas informações. Preconceito, respeito, diferenças, pontos de vista divergentes, solução, conhecimento. Tantas palavras e cada uma carregava um peso e uma medida.
- Tudo bem, querido? Você parece tão absorto hoje... - Marcela baixou o livro no colo e franziu a testa ao observar os movimentos distraídos do marido pelo quarto.
Ele deitou ao seu lado na cama, encarou-a por um momento tentando ler sua expressão. Aquilo iria parecer ridículo, mas...
- Você acredita em bicho-papão, Marcela? - indagou, amedrontado.
"'Cause I can't be anyone but me, anyone but me"
Idaho- Nerina Pallot
Vez ou outra fico surpresa e encantada com alguns talentos. Aquelas pessoas que parecem inspiradas o tempo todo e acabam por te inspirarem de uma forma inusitada. Sempre me pego pensando como a mente dessas pessoas trabalham. Como conseguem escrever uma canção que fala à alma de outrem? Nerina Pallot é uma dessas boas surpresas inspiradoras pra mim. Ela é uma cantora e compositora londrina que gravou o primeiro álbum, Dear Frustrated Superstar, em 2001. Depois deste, seguiu-se: Fires em 2005, The Graduate em 2009 e por fim, Year of the Wolf em 2011.
domingo, 7 de julho de 2013
"The life is a switchback so...Put Your Hands Up!!!"
É um dos vídeos que me inspiram. Nerina Pallot tem uma voz maravilhosamente doce, serena e cativante. Recomendo também a música "Idaho" da mesma cantora.
Então, não é lindo?
- Sim, não é lindo?
- Ahn...sim, mas eu esperava por mais...
- Como assim?
- Ah, você sabe, que fosse maior e mais largo. Dessa forma. - mostrou em gestos.
- Entendi. Mas é assim mesmo.
- Hum...mas é interessante, eu gostei.
- Eu também.
- Sabe, estou pensando uma coisa aqui, cá com os meus botões.
- É? E o que seria?
- Imagina que louco se escrevêssemos essa cena.
- Como assim?
- Ah, do jeito que somos péssimos para descrever cenários e contextos, seria engraçado.
Ninguém entenderia do que estamos falando.
- Há-há. Verdade! E que tal se tentássemos?
- Então, vamos lá. Onde está o computador?
Caixa das Figuras
- Cara, acabei de entrar dentro de casa e encontrei isso em cima da mesa da cozinha.
- Tautologia. - comentou baixinho enquanto folheava o caderno de notícias.
- Não. É uma caixa do correio.
- Não era a isso que me referi.
- Então a quê? - indagou, confuso.
- "Entrar dentro de casa".
- E o que que tem? O que isso tem a ver com a encomenda?
- Nada. Por isso disse que não era a isso que me referia.
- Então por que estamos falando sobre isso?
- Não estamos. Ah, esquece. O que tem na caixa?
- Ainda não sei. Parece um elefante encaixotado de tão pesada.
- Isso é uma hipérbole.
- Se você sabe o que tem dentro, por que está perguntando?
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
GOSTAR DO QUE NINGUÉM GOSTA
CHUPA ESSA SOCIEDADE!
Assunto difícil, né? Afinal, sempre existe o caso de gostarmos de alguma coisa que temos vergonha de confessar que adoramos aquilo ou então, temos vergonha de dizer que não gostamos quando todo mundo gosta. Quem nunca fez isso? Até eu já fiz isso!
Não, eu não gosto de Restart. Se eu gostasse de Restart eu teria vergonha de dizer, é sério. Sendo assim, você nunca vai saber se eu gosto ou não hahaha (agora é sério: Não gostem de Restart. Ninguém com mais que 13 anos pode gostar disso...se você gosta, na boa, guarde isso pra você, não deixe nem sua mãe saber disso porque um dia ela pode se vingar de você. Sério!)
Lembro que quando era criança uma das grandes manias era jogar tazo. Lembra do tazo? Ah, eu comprava aquele biscoito fedido só pra pegar os tazos e jogar na hora do recreio. Colecionei e joguei muito, mas a pergunta principal é: Eu gostava daquilo? Nãããããoooooooo! Eu odiava! Ficava logo cansada, mas como todo mundo jogava eu tinha que achar legal, não é verdade?! Não? Pois é, só descobri que 'não' anos depois quando já estava de saco cheio e com problemas de olfato e paladar (Ô biscoito fedido e salgado!).
Lembro que quando era criança uma das grandes manias era jogar tazo. Lembra do tazo? Ah, eu comprava aquele biscoito fedido só pra pegar os tazos e jogar na hora do recreio. Colecionei e joguei muito, mas a pergunta principal é: Eu gostava daquilo? Nãããããoooooooo! Eu odiava! Ficava logo cansada, mas como todo mundo jogava eu tinha que achar legal, não é verdade?! Não? Pois é, só descobri que 'não' anos depois quando já estava de saco cheio e com problemas de olfato e paladar (Ô biscoito fedido e salgado!).
E a TV CRUJ, desenhos animados, chiquititas, Sandy & Junior? Eu amava!!! Mas meus colegas e eu já éramos grandes e quem admitisse que gostava dessas coisas era o mesmo que dar um tiro no próprio pé. LOOOSER!
A verdade é que fazemos isso seja quando crianças, quando adolescentes, quando adultos, idosos etc. Somos rotulados ou nos deixamos rotular não pelo nosso caráter ou a construção da nossa identidade e sim por nossas preferências. Que louco, não? Quer dizer, o preconceito já é inerente ao ser humano. Quem falar que não tem preconceito é mentiroso. Não considero preconceito somente os que causam polêmica (homofobia, racismo, xenofobia...). Falo de preconceito como TUDO o que não me permite conhecer o outro sem um pré-julgamento. Esses dias, li em um site famoso pelo seu entretenimento a resposta que o dono concedeu a um de seus leitores, devido uma matéria sobre Michel Teló: "Não consigo sequer conversar ou levar a sério alguém que goste de Michel Teló". Obviamente, entendi o que ele quis dizer com essa afirmação, mas não deixa de soar preconceituoso.
domingo, 27 de maio de 2012
Marcha das Vadias
Quando tive a idéia de criar um blog, resolvi que seria um espaço onde falaria de coisas curiosas, cotidianas, livros, piadas e também assuntos sérios. Por isso, não posso esconder minha indignação ao falar dos recentes fatos ocorridos no Brasil. Ontem, dia 26 de maio de 2012, mulheres e alguns homens saíram às ruas em um protesto: "Marcha das Vadias". Apesar do nome forte tudo o que representa é uma grande ironia, porque em seus próprios corpos escreviam mensagens do tipo "Nem santa, nem puta, apenas livre". Mas o porquê disso? Simples: Um policial militar afirmou publicamente que as mulheres não seriam estupradas caso não se vestissem como vagabundas. Essa foi a gota d'água! No domingo, dia 20 de maio de 2012, a Xuxa deu sua declaração sobre o abuso sexual que sofreu na infância. Os ânimos estavam alteradíssimos até porque muitos homens (posso dizer jegues?) apoiavam a afirmação do policial militar. Triste, mas real! Mas as mulheres não calaram-se dessa vez! O homem escolhe a parceira e o momento em que quer transar e as mulheres não podem? É exatamente isso? Muitas pessoas chamam esse ato de machismo, mas na minha opinião o nome disso é burrice mesmo.
Algumas protestantes resolveram mostrar os seios como forma de dizer: "O corpo é meu e somente eu tenho direitos sobre ele!" E qual o resultado? Trogloditas tarados falando asneiras. Esse é o mesmo povo que vai às urnas em outubro dar mais um show de idiotice como já faz há muito tempo, porque sequer querem ter o trabalho de investigar sobre os candidatos que defenderão seus direitos pelos próximos anos. Repito: Triste, mas real!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
O noivo da minha melhor amiga
Vi o filme, gostei e resolvi procurar pelo livro. No dia em que comprei fiquei na dúvida entre ele e "Anna e o Beijo Francês", mas como já conhecia a história devido ao filme, então escolhi esse título. Não me arrependo, mas ao término dessa leitura fiquei imaginando quanto tempo perdemos por não dizer o que sentimos e quando sentimos. Afinal, de qualquer jeito, temos as mesmas chances de nos magoarmos. Rachel é o tipo de mulher que se esconde atrás dos seus terninhos de advogada e se tranca no escritório para evitar o mundo, sempre se sente pior do que Darcy, sua amiga de infância, e deixa que ela controle seu tempo, seus planos e sua vida. Depois de alguns anos, Darcy e seu noivo, Dex, que é amigo e colega de faculdade de Rachel , decidem se casar. E Darcy convida (intima) Rachel para ser a madrinha. Tudo anda muito bem até o dia da comemoração de 30 anos de Rachel, quando Dex e Rachel acabam dormindo juntos e aí todo trama e confusão se desenrola. É um romance um pouco confuso e nada surpreendente, deixa um pouco a desejar, mas para uma leitura sem muito compromisso é totalmente recomendado, serve para passar o tempo e é bem divertido. |
Anna e o beijo francês
Confesso que muitas vezes passei por esse livro nas livrarias e ficava em dúvida se seria uma boa idéia adquiri-lo, mas agora que acabei de lê-lo sinto vontade de apagar a história da minha cabeça e começar tudo de novo, sentir como se eu fosse a Anna de novo! O desespero de ter que morar na França, sozinha (sem os pais), a responsabilidade de escolher uma boa universidade e ser aceita, tentar sobreviver ao desconhecido, ter que lidar com pessoas tão diferentes, cultura diferente, não saber falar francês e Étienne... ah, Étienne St. Clair. Simplesmente a pessoa mais apaixonante de todas, o cara americano, com jeito francês e sotaque inglês. Além de tudo, descobrir por ordem do destino que sua melhor amiga talvez não seja tão amiga assim e seu quase namorado também não esteja tão afim assim, mas ela descobre da pior forma. Será que ela foi dura demais? Será que ela não sabe manter suas amizades? E St. Clair? Pior, por que ele tem namorada? E por que ela se importa tanto com isso? Apesar do final ser clichê e um tanto óbvio, vale muito a pena o desenrolar da história, fatos inesperados, desvios, surpresas, novos começos, brigas, reconciliações...Afinal, é Étienne ou St. Clair? |
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Cotas
Tema: Cotas para ingressar na faculdade
O iceberg brasileiro
O problema educacional do Brasil vem desde da educação infantil, onde as crianças não são educadas como deveriam. Elas não desenvolvem o pensamento crítico e criativo e muito menos as noções básicas das matérias escolares. O que acontece posteriormente é a aprovação automática em instituições públicas, ou seja, tanto os alunos capacitados quanto os não capacitados passam as séries escolares.
Ao ingressar no ensino médio, muitos desses alunos muito mal sabem ler e escrever. Prova disso, foi uma experiência pessoal, onde enquanto discente da graduação de fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro pude presenciar e mesmo acompanhar o atendimento de alunos com dislexia (dificuldade de ler e por consequência, escrever) que se encontravam entre o 6º e 9º ano do ensino fundamental e não conseguiam sucesso em atividades simples como escrever o próprio nome ou ainda ler um título de livro.
O que mais preocupa é que esses alunos não estarão aptos a enfrentar um desafio de prestar o vestibular. Antes disso, a maioria terá desistido e os que persistirem perceberão a defasagem de sua educação escolar, no entanto não saberão o que fazer para mudar a situação.
Entretanto, não somente esses alunos participarão da disputa pelas cotas, mas outros alunos advindos do sistema privado. Há alguns anos, uma reportagem sobre esse assunto “cotas” levantou algumas questões.
Duas adolescentes moradoras do bairro da Tijuca concluíram o ensino médio no mesmo ano e na mesma instituição de ensino particular, ambas concorreram para mesma carreira e mesma universidade pública. Sendo que uma delas concorreu por via padrão e a outra pelo regime de cotas. A primeira obteve pontuação muito maior do que a segunda e ficaria em nona colocação. Já a segunda obteve uma pontuação ínfima e não seria classificada, porém na classificação final esta ficou em sétimo lugar e entrou para a graduação enquanto a primeira foi desclassificada.
Esse fato, nos faz questionar sobre o iceberg problemático da educação, onde só conseguimos enxergar a ponta, o que está para fora da água, o que pode ser visualizado, mas a verdade é que a problemática é infinitamente maior. Enquanto a educação básica não for resolvida, o sistema de cotas só servirá como um recurso para fechar algumas brechas em uma educação totalmente corrompida.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
O Menino e o Amor
Essa é a história de um menino. Um menino em busca do amor.
Desde pequeno possuía um desejo. Um desejo por que sonhou. Ouvia que não era fácil, mas mesmo assim não desanimou. O que ouvia mesmo foi uma frase que ficou: “Para fazeres medicina, deves ter muito amor”.
Ia bem na escola. O menino rápido no colégio chegou. Se quisesse seguir teu desejo, cedo teria de agir. “Acho que quero ser doutor”. Papai logo se animou, mas sem antes advertir “Meu filho, se queres ser doutor, seja! Mas faça por amor!”
Em uma indecisão pueril, logo o questionamento o tomou. “É isso que eu quero da vida! Na saúde praticar o amor”.
O menino envelheceu, no futebol e no videogame nunca mais jogou. Professor atencioso percebeu suas notas. Logo questionou: “Menino! Queres fazer medicina? O caminho é grande eu sei. Muitos decidem fazer por dinheiro. Mas se queres mesmo, faça! Mas faça por amor!”
De primeira não conseguiu, muito menos na segunda conquistou. Em uma sala grande, poucos iam conseguir, tampouco isso o fez desistir. Todos falavam por lá muito do amor. Será que não tinhas amor suficiente para o que sonhou?
Cento e vinte horas de trabalho por semana o faziam rir. Muito tempo sem vigor. A juventude via partir. Desta vez podia conseguir, o desespero, longo companheiro, o tomou. “Será que nunca vou conseguir? Tudo que faço é por amor.”
O dia chegou. Seu nome estampado chegou a vir. Não sabia para onde ir, muitas noites chorando de felicidade ficou. Titio, conhecido, cachorro, mamãe, papagaio, todos lhe falaram “Menino, que felicidade! Faças medicina, mas faça por amor”.
De cabelo raspado, camisa pintada e rasgada, viu acontecer todos os momentos por que muito sonhou. A família, daí em diante, pouco veria. Nova vida, muita saudade, muita alegria, muito fervor. A primeira prova logo o assustou. Não era momento de descansar, ainda muito estaria por vir. Ah! menino! Estuda muito! Estuda muito para virar doutor!
O ano, na correria, terminou. O menino-quase-doutor iria descansar, e de trabalho pouco queria ouvir. Vovó em uma festa angustiada contou: “Meu filho! Fui atendida por um doutor que nem na cara me olhou. Não queria me ouvir e nem sei como estou. Olha menino! Se queres fazer medicina de verdade, faça! Mas faça por amor!”
Semiologia estava por vir, logo iria falar com pacientes que muito pouco avistou. Identificação, queixa e duração não foram difíceis de digerir. Exame físico ainda mais o motivou. Palpação, percussão e ausculta. Ah! Dessa vez o menino iria virar doutor!
Por uma hora e quarenta à beira do leito conversou. O tempo, nem sequer notou. Paciente todo motivado lhe disse: “menino, meu filho. Tu tens o dom tenho certeza. Com muito amor consegue agir. Vai ser um bom doutor. Um ótimo doutor”.
Enquanto estudava em casa o menino se sentiu muito feliz. Estava certo de seu amor. Muitos pacientes queria ver, para poder mostrar seu amor.
O menino amadureceu. A rotina da faculdade muito o envelheceu. Sabia que ia acontecer, logo, alucinadamente, para a residência estudou. Na formatura, menino doutor vários conselhos recebeu. Muitos disseram “Menino doutor, faças medicina! Com muito amor!”
Muito tempo se passou. O menino doutor por vários empregos passou. Pacientes no corredor em agonia era rotina. Falta de condições muito o prejudicou. Falta de leitos, remédios e equipamento. Mas ah! Menino doutor! Deixa de bobeira! Tens que conseguir! Não fizestes medicina por amor?
O paciente muito para a saúde pagava, mas pouco era o que lhe chegava. Trabalhava mais, sempre trabalhou demais. Ainda trabalhava demais. Tinha de trabalhar demais. Uma rotina que o peso da idade algum dia não iria resistir. Não tinha jeito, tinha de conseguir. Menino doutor! Deixa dessas ideias! Tens que conseguir! Não fizestes medicina por amor?
Pela saúde, um dia, com vários colegas protestava. Na rua ouviu uma mulher que alto falava: “O que vocês querem? Ah esses médicos que trabalham por dinheiro. Deviam ao menos trabalhar por amor”
O jornal sem escrúpulos noticiou. “Médicos mercenários sem amor”. Mas eram melhores condições de trabalho que queriam conseguir. Na saúde queriam intervir. Nos hospitais queriam curar. Queriam a saúde melhorar. Mas que menino atrevido! Cale-se menino! Tens que trabalhar! Vai trabalhar por amor! Precisas trabalhar! Vá logo trabalhar!
Dia de muito cansaço, o menino estava acabado. Sorriso por várias horas o menino não conseguiu. O paciente saindo da consulta reclamou. “ah médicos que fazem medicina por dinheiro. Se alguém quisesse fazer medicina, deveria fazer por amor”.
Os filhos dificilmente ele encontrava. Pai sem amor era o que ele pensava. A mulher sempre reclamava quando trabalhava. A falta de tempo com os pacientes o magoava. O trânsito entre os hospitais o irritava. A grande jornada de trabalho o cansava. A falta de condições de trabalho o acabava.
E assim acabou. Essa foi a história de um menino. De um menino que nasceu sem o amor.
Essa é a história de um menino. Um menino em busca do amor.
Desde pequeno possuía um desejo. Um desejo por que sonhou. Ouvia que não era fácil, mas mesmo assim não desanimou. O que ouvia mesmo foi uma frase que ficou: “Para fazeres medicina, deves ter muito amor”.
Ia bem na escola. O menino rápido no colégio chegou. Se quisesse seguir teu desejo, cedo teria de agir. “Acho que quero ser doutor”. Papai logo se animou, mas sem antes advertir “Meu filho, se queres ser doutor, seja! Mas faça por amor!”
Em uma indecisão pueril, logo o questionamento o tomou. “É isso que eu quero da vida! Na saúde praticar o amor”.
O menino envelheceu, no futebol e no videogame nunca mais jogou. Professor atencioso percebeu suas notas. Logo questionou: “Menino! Queres fazer medicina? O caminho é grande eu sei. Muitos decidem fazer por dinheiro. Mas se queres mesmo, faça! Mas faça por amor!”
De primeira não conseguiu, muito menos na segunda conquistou. Em uma sala grande, poucos iam conseguir, tampouco isso o fez desistir. Todos falavam por lá muito do amor. Será que não tinhas amor suficiente para o que sonhou?
Cento e vinte horas de trabalho por semana o faziam rir. Muito tempo sem vigor. A juventude via partir. Desta vez podia conseguir, o desespero, longo companheiro, o tomou. “Será que nunca vou conseguir? Tudo que faço é por amor.”
O dia chegou. Seu nome estampado chegou a vir. Não sabia para onde ir, muitas noites chorando de felicidade ficou. Titio, conhecido, cachorro, mamãe, papagaio, todos lhe falaram “Menino, que felicidade! Faças medicina, mas faça por amor”.
De cabelo raspado, camisa pintada e rasgada, viu acontecer todos os momentos por que muito sonhou. A família, daí em diante, pouco veria. Nova vida, muita saudade, muita alegria, muito fervor. A primeira prova logo o assustou. Não era momento de descansar, ainda muito estaria por vir. Ah! menino! Estuda muito! Estuda muito para virar doutor!
O ano, na correria, terminou. O menino-quase-doutor iria descansar, e de trabalho pouco queria ouvir. Vovó em uma festa angustiada contou: “Meu filho! Fui atendida por um doutor que nem na cara me olhou. Não queria me ouvir e nem sei como estou. Olha menino! Se queres fazer medicina de verdade, faça! Mas faça por amor!”
Semiologia estava por vir, logo iria falar com pacientes que muito pouco avistou. Identificação, queixa e duração não foram difíceis de digerir. Exame físico ainda mais o motivou. Palpação, percussão e ausculta. Ah! Dessa vez o menino iria virar doutor!
Por uma hora e quarenta à beira do leito conversou. O tempo, nem sequer notou. Paciente todo motivado lhe disse: “menino, meu filho. Tu tens o dom tenho certeza. Com muito amor consegue agir. Vai ser um bom doutor. Um ótimo doutor”.
Enquanto estudava em casa o menino se sentiu muito feliz. Estava certo de seu amor. Muitos pacientes queria ver, para poder mostrar seu amor.
O menino amadureceu. A rotina da faculdade muito o envelheceu. Sabia que ia acontecer, logo, alucinadamente, para a residência estudou. Na formatura, menino doutor vários conselhos recebeu. Muitos disseram “Menino doutor, faças medicina! Com muito amor!”
Muito tempo se passou. O menino doutor por vários empregos passou. Pacientes no corredor em agonia era rotina. Falta de condições muito o prejudicou. Falta de leitos, remédios e equipamento. Mas ah! Menino doutor! Deixa de bobeira! Tens que conseguir! Não fizestes medicina por amor?
O paciente muito para a saúde pagava, mas pouco era o que lhe chegava. Trabalhava mais, sempre trabalhou demais. Ainda trabalhava demais. Tinha de trabalhar demais. Uma rotina que o peso da idade algum dia não iria resistir. Não tinha jeito, tinha de conseguir. Menino doutor! Deixa dessas ideias! Tens que conseguir! Não fizestes medicina por amor?
Pela saúde, um dia, com vários colegas protestava. Na rua ouviu uma mulher que alto falava: “O que vocês querem? Ah esses médicos que trabalham por dinheiro. Deviam ao menos trabalhar por amor”
O jornal sem escrúpulos noticiou. “Médicos mercenários sem amor”. Mas eram melhores condições de trabalho que queriam conseguir. Na saúde queriam intervir. Nos hospitais queriam curar. Queriam a saúde melhorar. Mas que menino atrevido! Cale-se menino! Tens que trabalhar! Vai trabalhar por amor! Precisas trabalhar! Vá logo trabalhar!
Dia de muito cansaço, o menino estava acabado. Sorriso por várias horas o menino não conseguiu. O paciente saindo da consulta reclamou. “ah médicos que fazem medicina por dinheiro. Se alguém quisesse fazer medicina, deveria fazer por amor”.
Os filhos dificilmente ele encontrava. Pai sem amor era o que ele pensava. A mulher sempre reclamava quando trabalhava. A falta de tempo com os pacientes o magoava. O trânsito entre os hospitais o irritava. A grande jornada de trabalho o cansava. A falta de condições de trabalho o acabava.
E assim acabou. Essa foi a história de um menino. De um menino que nasceu sem o amor.
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